quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Nota dos Dirigentes das IFES/RJ sobre a greve dos servidores



Os Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior do Rio de Janeiro (CEFET-RJ, IFF, IFRJ, UFF, UFRJ, UFRRJ e UNIRIO), preocupados com a atual situação de impasse nas negociações entre os seus servidores docentes e técnico-administrativos, e os Ministérios da Educação e do Planejamento, Orçamento e Gestão, reafirmam sua convicção na legitimidade das suas reivindicações e insistem na necessidade urgente de reabertura dos canais ativos de negociações. A crise estabelecida não interessa a ninguém, frustra expectativas de milhares de jovens que anseiam por uma formação qualificada e cidadã, e coloca em grave risco todo o esforço do desenvolvimento institucional que vem sendo construído por estas instituições.
As políticas governamentais instituídas, principalmente, a partir do Programa de Reestruturação e Expansão das IFES – REUNI permitiram um aumento de oferta de vagas sem precedente na história da educação superior brasileira, sustentado por consistente política de contratação de docentes e técnico-administrativos e de expansão e recuperação da infraestrutura física, que acumulava um longo processo de sucateamento.
A consolidação e estabilidade deste ciclo virtuoso dependem também de carreiras estruturadas e quadros de remuneração compatíveis com a responsabilidade dos nossos servidores docentes e técnico-administrativos. A situação atual tem imposto perdas de importantes quadros docentes e técnicos, em função da impossibilidade de se poder competir com outros setores públicos e não públicos em termos de oferta salarial.
A atuação da ANDIFES e do CONIF, neste momento, deve reafirmar mais uma vez seu papel de lideranças propositivas e reconhecida capacidade de mediação. Todos os esforços necessários à sensibilização dos Ministérios envolvidos não devem ser poupados na busca da imediata reabertura de negociações com os sindicatos majoritários na representação dos interesses dos docentes e dos técnico-administrativos, e na efetiva superação do presente impasse e breve retorno à normalidade institucional.
As Instituições Federais de Ensino Superior do Rio de Janeiro sempre estarão à disposição da ANDIFES, do CONIF e, mesmo dos Ministérios da Educação e do Planejamento, Orçamento e Gestão, para contribuir para a manutenção do diálogo constante, franco e produtivo com nossos servidores, e empenhadas em encontrar soluções que, não comprometam a estabilidade econômico-financeira do país, no atual cenário de crise internacional, mas que lhes garantam condições adequadas de trabalho e de qualidade de vida.
Como ensinou Paulo Freire, o diálogo deve ser o fundamento para entendimento. Para a Educação ser o sonho possível de um país que se quer grande e desenvolvido, docentes e técnico-administrativos em educação merecem o nosso maior respeito e políticas públicas condizentes com o papel estratégico que exercem.


Em 14 de agosto de 2012

Carlos Henrique Figueiredo Alves
Diretor-Geral do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET-RJ


Luiz Augusto Caldas Pereira
Reitor do Instituto Federal Fluminense - IFF

Fernando Cesar Pimentel Gusmão
Reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro - IFRJ

Roberto de Souza Salles
Reitor da Universidade Federal Fluminense - UFF

Carlos Antônio Levi da Conceição
Reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Ricardo Motta Miranda
Reitor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Luiz Pedro San Gil Jutuca
Reitor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO


3 comentários:

  1. Bom dia a todos os professores desta Revolução Educacional!
    venho por meio deste a prestar minha solidariedade com o propósito de vcs!

    O ministério do planejamento sempre dizia que a crise econômica nunca iria afetar nossa Economia, pelo fato do país possuir uma base economica bem aquecida.
    Entretanto, quando entra em ápice uma revolução educacional como esta, o governo vem com desculpas de que a crise estaria afetando nossa economia, e que o país não poderia arcar com reajustes na educação.
    senhores quando se trata de reajustes em salarios dos parlamentares de nosso país, os mesmos nem ao menos sequer nos permitem opinar sobre tal assunto.
    Somente o trauma coletivo gerará UNIÃO!, nao podemos ficar de braços cruzados nesta reta final, a palavra é PRESSÃO! como dizia o senhor das mãos de ferro.
    " Não podemos fazer uma Revolução com luvas de seda!"
    Joseph Stalin

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  2. Esta nota é um despautério. Reitores se posicionando a favor da greve. Deveriam então renunciar, pois a greve comprovarIA sua incompetência e incapacidade. Na verdade estão jogando para a platéia, isto é, os eleitores (professores, alunos e técnicos), ou antes, os eleitores da esquerda infantil (e facista muitas vezes). A nota reafirma a legitimidade da greve, mas não diz uma palavra acerca da proposta absurda de desestruturação da carreira feita pelo ANDES-SN, não diz uma palavra sobre o reajuste salarial concedido pelo governo e tampouco sobre a nova proposta de carreira feita pelo governo (abrindo as pernas para o ANDES-SN). Enfim, diria que é uma nota inócua, oca e fofa se ela não tivesse uma grave consequência: impede o direito de NÃO SE FAZER GREVE. Os reitores deveriam então ter a coragem de cancelar o primeiro semestre que, ao menos do ponto de vista pedagógico, está perdido. Mas ponto de vista pedagógico é a última preocupação de quase todos os que fazem política na universidade. Enfim, um nota lamentável. Repita-se: que peçam demissão face à confessada incompetência.

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    1. ao ver deste comentario medíocre(acima), nota-se sua preocupação com o futuro da educação em nosso país. levando em consideração este mesmo, percebemos quanto que julgamos os outros e nos preocupamos somente com as coisas que nos convém.
      Felizmente temos a ação do tempo que mesmo que tardio, este, nos traz de volta o "cuspe" que jogamos para o alto, esfregando-o em nossas caras e nos fazendo refletir sobre a "m" que comentamos!

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