sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Nota do CLG - ADUR/UFRRJ ao Comando Nacional de Greve ANDES-SN

Nota do CLG – ADUR SSind
De acordo com o Jornal número 765, estampado na página eletrônica da ADUFRJ, aquela Seção Sindical encerrou a greve, em AG no dia 31/08, com retorno das atividades previsto para o dia 10/09. Segundo a matéria publicada, foi deliberado também por aquela AG comunicar à Reitoria a decisão de saída da greve e elaborar um calendário para o retorno às atividades.
No dia 1º/09, a ADUFRJ enviou três representantes, sendo um indicado como Delegado, ao CNG-ANDES. Por incrível que possa parecer, estes representantes não foram prestar solidariedade e nem desejar força aos que se mantinham no movimento paredista. Não foram sequer reconhecer suas diferenças em relação ao resto do movimento, e aceitar o fato de que a ampla maioria das SSind ainda tem fôlego para a luta. Os representantes da ADUFRJ foram para Brasília a fim de convencer os companheiros do CNG que a greve nacional deve acabar. E indicar uma data para que isso aconteça.
É inquestionável que a ADUFRJ-SSind possui legitimidade e autonomia para decidir os encaminhamentos e as políticas que defende dentro do Movimento Docente e nos fóruns coletivos, como o CNG-ANDES. As deliberações que cada Seção Sindical tem adotado e o papel da direção do movimento, seus acertos e equívocos, serão avaliados certamente pela sua base e pelo conjunto do Sindicato, nos seus fóruns adequados.
Mas o que nos causou estranheza foi que, no dia 1º/09 e subsequentes, a delegação da ADUFRJ participou, com voz e voto, da reunião do CNG. Tal fato foi contestado por um delegado presente, porém a Mesa Diretora levou este questionamento para votação, tendo sido aprovada a participação da referida delegação, com direito a voto. Pior que isso, o procedimento da Mesa quanto à questão de ordem levantada, foi de colocar em votação para o pleno do CNG se "as SSind que tinham indicativo de saída de greve têm direito a voto", quando, na verdade, sabia da diferença entre ter votado a continuidade da greve, mas com indicação de saída (caso do CEFET-RJ), e a situação da UFRJ, que já havia deliberado a saída unilateral.
O Regimento do CNG é claro, no seu item 2.3: “Poderão participar também das reuniões do CNG, com direito a voz, sem direito a voto: a) até 2 (dois) observadores de cada Seção Sindical em greve por tempo indeterminado, do Setor designado na forma definida pela respectiva AG; b) 1 (um) observador de Seção Sindical não em greve por tempo indeterminado do Setor”. Assim, as SSind que não estão em greve podem participar apenas com observadores, sem direito a voto. Estranhamos que a Diretoria do ANDES-SN, responsável pela condução dos trabalhos, não tenha tido o cuidado de advertir os referidos representantes da sua condição, e ainda tenha levado para votação um tema que não se constitui em assunto omisso no Regimento. O entendimento de um caso como este fica ainda mais difícil, quando lembramos que esta mesma Diretoria vem agindo, ao longo desta greve, de forma draconiana, com exigências rígidas, dentre outras, de ofícios, para muitas SSindd, com respeito à validação de delegados e informes das AG e CLG.
Neste sentido, repudiamos a atitude discriminatória, por parte da Mesa, que beneficiou os representantes da ADUFRJ-SSind e as políticas que defendiam, bem como a forma leniente com que a Diretoria se comportou no cumprimento do Regimento do CNG-ANDES.
Seropédica, 03/09/2012
CLG – ADUR-SSind

3 comentários:

  1. Coisa mais ridícula.
    Um Comando de Greve ter Regimento.
    Comandos são organizações proto-facistas.
    Abaixo a greve tresloucada e transviada.

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  2. Assassinato do ensino... continuar a greve neste momento é massacrar o direito do outro de estudar... assim,o nosso direito termina quando o do semelhante começa!

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  3. Não se espante. O próprio da natureza do facismo infanto-esquerdista é não reconhecer o direito do outro. Só ele tem a verdade revolucionária (ensinada pela Troika de quatro: Marx, Engels, Lenin e Trotsky). Os demais devem se render a esta verdade evidente como a luz do Sol. Segundo tais concepções, não há semelhantes, há somente os bons (eles), os inocentes (nós, alunos e professores que não conhecemos a Verdade, o Pravda), e os maus (o governo burguês e seus chefes, os patrões). Ah, os patrões! Se soubessem como eles são maus feito pica-paus, vc iria querer se matar, pois o mundo dos patrões é duro e ingrato, ainda que só exija 8 ou 12 horas de aulas semanais.

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