sábado, 8 de setembro de 2012

Reuni: CGU aponta ‘sistemática de atrasos’ em obras das universidades federais

Relatório entregue ao MEC revela que demora na conclusão atinge uma em cada quatro construções avaliadas; 8% dos projetos têm 'problemas graves'

O ex-presidente Lula se vangloriava de, a despeito de não ter chegado à universidade, comandar uma expressiva expansão da rede federal de ensino superior. Em sua administração, foram criadas 15 universidades, superando a marca de Juscelino Kubitschek, com 11. "Eu, torneiro mecânico, já sou o presidente que mais fiz universidades", disse Lula em fevereiro de 2010, durante inauguração da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Minas Gerais. Só faltou o então presidente dizer que a expansão viria na base do improviso. Passados mais de dois anos, nem metade das obras UFVJM estão de pé e o atraso, é claro, atrapalha a vida acadêmica. Não se trata de exceção. Desde 2007, quando o governo federal lançou com pompa e circunstância as bases do Reuni, programa destinado a uma bem-vinda expansão das universidades federais, se multiplicam pelo país as queixas de alunos e professores sobre as más condições estruturais das unidades novas ou ampliadas: há jovens estudando em contâiners ou escolas infantis, esgoto correndo a céu aberto e ausência ou precariedade de laboratórios de pesquisa e bibliotecas, vitais à atividade acadêmica. Um relatório preliminar da Controladoria Geral da União que já foi entregue ao Ministério da Educação (MEC) joga luz sobre o uso dos 4,4 bilhões de reais que já foram consumidos pelo programa federal só em obras.
 
Foto: UNIFESP Campus Guarulhos
 

Um comentário:

  1. Esta é uma matéria velha, requentada. E espanta-me que esquerdistas "radicais" se fundamentem na sujíssima Veja. Prova da aliança entre esquerdistas e tucanalhas contra o governo petista de Dilma? De qq maneira, um tiro pela culatra. Atrasos em apenas 25% das obras. Está muito bom, considerando que vivemos em um país chamado Brasil. Mas na falta de motivos para a greve, o ANDES-SN, a ADUR-RJ, o CGL,o CLG, usam de qualquer argumento para continuá-la, para nos dar mais uma ou duas semanas de férias. Obrigado, crianças.

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